O Paris Saint-Germain finalmente alcançou o que muitos consideravam seu objetivo supremo: erguer o troféu da UEFA Champions League pela primeira vez em sua história. No dia 31 de maio de 2025, na Arena de Munique, o PSG protagonizou uma atuação histórica ao derrotar a Inter de Milão por 5 a 0, em uma das finais mais dominantes já vistas na competição. Durante anos, as campanhas europeias do clube parisiense foram marcadas por frustrações e decepções, mas nesta temporada, tudo funcionou perfeitamente.
Uma Final Histórica em Munique
A partida foi histórica em vários aspectos. A vitória por cinco gols de diferença se tornou a maior já registrada em uma final da Champions League. O PSG começou com intensidade avassaladora, marcando dois gols nos primeiros 20 minutos—algo inédito na história da final do torneio. Achraf Hakimi abriu o placar aos 12 minutos, após assistência brilhante do jovem Désiré Doué, de apenas 19 anos, que também marcou o segundo gol apenas oito minutos depois. A atuação de Doué foi especialmente notável: ele se tornou apenas o terceiro adolescente a marcar em uma final da Champions, e o mais jovem de todos a marcar e dar assistência na mesma decisão.
A Inter de Milão, conhecida por sua solidez defensiva, não conseguiu lidar com o ataque fluido e a pressão incessante do PSG. No segundo tempo, os parisienses ampliaram o placar com mais três gols, marcados por Doué, Khvicha Kvaratskhelia e o jovem de 18 anos, Senny Mayulu—selando uma noite de alegria para Paris e desespero para a Itália.
O Caminho para a Glória: Resiliência e Reinvenção
A trajetória do PSG rumo ao topo esteve longe de ser fácil. A equipe começou mal na nova fase de grupos, perdendo três dos cinco primeiros jogos e classificando-se por pouco para as eliminatórias. No entanto, recuperou a forma no momento certo, vencendo o Brest em um play-off nacional antes de eliminar gigantes europeus como Liverpool, Manchester City e Arsenal a caminho da final. Essa campanha foi um testemunho da profundidade do elenco, da sua adaptabilidade e da visão tática do treinador Luis Enrique.
A abordagem de Luis Enrique representou uma mudança significativa no clube. Em vez de depender apenas de estrelas, ele construiu um coletivo coeso que mesclou líderes experientes como Marquinhos e Vitinha com jovens promessas como Doué e Mayulu. Essa mentalidade voltada para o time, aliada a investimentos estratégicos e planejamento inteligente, foi o ingrediente que faltava para o sucesso europeu.
O Que Isso Significa para o PSG e o Futebol Francês
Essa conquista é monumental não apenas para o PSG, mas para o futebol francês como um todo. O clube se torna apenas o segundo francês a vencer a Champions League, após o título do Olympique de Marseille em 1993. A vitória também completa uma tríplice coroa histórica para os parisienses, que já haviam conquistado a Ligue 1 e a Coupe de France nesta temporada. Para um clube que domina o cenário doméstico desde o investimento do Catar em 2011, esse título europeu consolida seu lugar entre a elite continental e sinaliza uma nova era para o futebol francês no cenário internacional.
As reações emocionadas de jogadores e membros da comissão técnica refletem a importância da conquista. O capitão Marquinhos falou sobre anos de luta e perseverança, dedicando a vitória aos torcedores e ex-jogadores que chegaram perto, mas nunca conseguiram atingir o topo. Para os adeptos, esta não é apenas uma vitória—é a realização de um sonho cultivado por décadas.
Um Modelo de Sucesso Moderno
Como alguém que acompanhou de perto a trajetória do PSG, acredito que essa vitória representa muito mais do que contratações caras ou ajustes táticos. Trata-se de uma mudança cultural no clube. Ao priorizar o espírito coletivo, o desenvolvimento de jovens talentos e a gestão inteligente, o PSG estabeleceu um novo padrão de como superclubes modernos podem alcançar o sucesso. Os dias de depender exclusivamente de nomes de peso ficaram para trás; agora, união e adaptabilidade são os novos pilares dos campeões.
